Quais
problemas de saúde mais afetam os professores?
Por: Adriana Lidia
Kappaun Rocha
Os
professores têm que enfrentar muitas cobranças e pressões no seu dia-a-dia,
além de condições estressantes de trabalho. Esses fatores podem causar
problemas físicos e psicológicos nesses profissionais como a síndrome do
pânico, problemas com a voz, alergias, dores nas costas e musculares,
tendinites, dores de cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, estresse,
alterações da memória, esgotamento físico e mental e até problemas cardíacos.
Distúrbios vocais e
disfonias são apontados pelos especialistas como um dos
principais problemas diagnosticados em professores. São problemas causados por
alterações na produção da voz – um dos principais instrumentos de trabalho – que
levam muitos professores brasileiros ao afastamento do trabalho e à
aposentadoria precoce.
Qualquer
dificuldade na emissão da voz representa uma disfonia, que pode se manifestar
através de: pigarros, ardência na garganta, esforço à emissão da voz, cansaço
ao falar, dificuldade em manter a voz, rouquidão, variação na frequência
habitual, entre outras alterações.
É
um problema relacionado às condições de trabalho a que muitos estão submetidos
como: salas lotadas com turmas numerosas que obrigam o professor a gritar;
carga horária intensa; falta de conhecimento técnico da voz (preparo da voz).
Essas condições estressantes podem causar doenças que vão desde a rouquidão aos
nódulos nas cordas vocais.
A alergia é outro
problema a ser enfrentado: professores alérgicos a giz têm irritação nos olhos
e pele, além de rinites e problemas nas vias respiratórias.
Muitos
professores desenvolvem estresse,
que causa perda de memória, deficiência no sistema imunológico, insônia e falta
de energia.
A síndrome de burnout
é o problema que mais tem afetado a saúde dos professores. É uma exaustão
física e mental muito comum em professores. É uma doença que diminui a vontade
de lecionar, o interesse pelo trabalho, a energia e a autoconfiança. Causa
depressão, distúrbios afetivos e incapacidade produtiva. Muitas vezes é
confundida com a síndrome do pânico ou com estresse, pois os sintomas são
parecidos. Dentre eles: queda de cabelo, enxaqueca, dor de estômago,
taquicardia, sudorese, medo, palpitação, angústia e sensação de que não
conseguirá realizar o trabalho são sinais inicialmente detectados. Ao longo do
tempo, o profissional apresenta quadros de irritação, fica arredio e se
distancia dos alunos. Os reflexos também são sentidos no relacionamento
familiar. Quando não abandona o emprego, o portador de burnout passa a realizar
as atividades de forma apática, morosa e sem perspectivas. Outros sintomas
psicossomáticos também podem ser observados como úlcera, insônia, hipertensão e
dores de cabeça.
Os
professores devem procurar ajuda de especialistas para enfrentar qualquer um
desses problemas.
Referências:
- Doenças
relacionadas à voz:
- Saúde
do Professor:
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